"Eu quisera nascer num país em que o soberano e o povo só pudessem ter o mesmo interesse afim de que todos os movimentos da máquina tendessem sempre unicamente à felicidade comum".

Jean-Jacques Rousseau.

terça-feira, 19 de março de 2013

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Aluno Agride Professora após Questionar sua Nota.



É frequente as propagandas do governo federal em relação à Política Educacional do tipo "todos na escola" ou "Educação para todos". Este episódio é apenas um dos que simbolizam a falência do sistema educacional  de nosso país e a urgência de medidas racionais que visem o progresso de nossas relações na educação. A cada dia metas do tipo IDEB (índice de desenvolvimento da educação básica), ENADE (Exame nacional de Desempenho dos Estudantes), ENEM (Exame nacional do Ensino Médio) entre outras, são criadas para gerar números que não correspondem a realidade da Educação no Brasil. Não percam de vista a ideia de que estes resultados quantitativos contribuem nas relações econômicas internacionais. Porém, a sociedade espera resultados qualitativos da educação.

Os Números tem aumentado, mas a que custo?

terça-feira, 12 de junho de 2012

E eu que pensei ter lido em algum lugar que a ditadura no Brasil acabou em 1985.

A ditadura do politicamente correto tem se entranhado em nossa vida/espaço individual sem pedir ou levar em consideração o que pensamos a respeito. Um jovem de 16 ou 17 anos pode votar, pode escolher um político que pode ferrar de quatro a oito anos (no caso de um senador) as políticas públicas. Porém, o Estado considera que ele ainda é inconsciente a respeito do que considera relevante ao seu convívio, como por exemplo, tomar uma cerveja. Incoerente não é? O estado entende que um pai não pode dar uma palmada para repreender seu filho diante de uma atitude desonesta. Entretanto, o mesmo Estado não trata de arcar com educação desta mesma criança caso no futuro ela venha a ser tornar um delinqüente. As pessoas ficaram proibidas de fumar em determinados locais.
 Certo dia um professor me alertava sobre a perda de direitos individuais – “qualquer perda de direitos é um grave prejuízo. Lembre-se que eles levaram anos ou até mesmo séculos para serem alcançados”. Não é necessário ser um especialista em direito ou qualquer outra área afim para entender que os direitos individuais de que desfrutamos (desfrutávamos) foi construído sob o custo de um incontável número de vidas e revoluções no passado.  Não se pode fazer uma piada com o negro, o português, o homossexual ou grávida que tudo pode ser convertido em uma ação judicial. A quem isso tem servido? A população? Eu entendo que não.
O que temos assistido de braços cruzados é uma ditadura sendo articulada por meio de leis que não são levadas a discussão pública. Não defendo a ideia de que as pessoas ou grupos devem ser discriminados por suas opções diversas. O que defendo é que não somos obrigados a aceitar tais situações sem poder opinar a respeito delas. Onde esta aquela parte do “é garantido a todo cidadão o direito de liberdade de expressão [...]”? Este direito também inclui aquilo que não gostamos de ouvir. O papel do Estado é garantir educação, saúde, transporte, segurança, emprego e todos com qualidade. É só isso! Quem decide o que pensamos, falamos ou gostamos somos nós mesmos. Caso contrário, no futuro seremos verdadeiros androides que nos comportaremos conforme o programa instalado em nossa placa mãe.

Como diria Jean-Paul Sartre: "o inferno são os outros".

terça-feira, 1 de maio de 2012

Ser Jovem é um fenômeno natural/biológico ou cultural?

A idéia de ser jovem hoje está muito além do estado físico e/ou mental de um indivíduo. Ela está associada a uma esfera simbólico/ideológica. Todas as pessoas desejam ser jovem e aquelas que se encontram nessa condição se esforçam ao máximo para não deixá-la. Os gregos da antiguidade caracterizavam como jovens pessoas com até 40 anos de idade. Isso, porque para eles, o que importava era este estágio de preparação do indivíduo para a participação na vida pública – política. Após a segunda guerra mundial, com o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa, a imagem jovial tornou-se uma marca a ser consumida por todos os cantos, principalmente dos países capitalistas. Por muito tempo ficou muito bem definido quem eram as crianças, os jovens, os adultos e os idosos. Em nossos dias, percebemos que as crianças já não mais querem sê-las. Estão por todos os cantos marcadas pelas maquiagens, calçados, roupas e objetos que simbolizam a maturidade ainda distante. Basta em uma turma de ensino fundamental ousar a dizer: “muito bem crianças vamos iniciar nossa aula...”, a reprovação é total por parte dos alunos. Nessa mesma direção encontram-se os adultos. Estes, por sua vez, enxergam o envelhecimento como um mal a ser combatido com todas as forças materiais e imateriais possíveis. No Brasil, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o número de cirurgias no ano 2000 atingiu cerca de 350 000 ultrapassando os EUA que sempre se apresentou a frente deste quadro. Somente no ano passado cerca de 650 000 cirurgias foram realizadas por questões meramente estéticas. Isso significa dizer, aproximadamente, que de 10 000 habitantes do Brasil cerca de 207 já realizaram alguma desta operações cirúrgicas. Por volta dos anos 60 comemoramos entusiasmados com o crescimento do número de televisores que chegavam cada vez mais nas casas dos trabalhadores. Porém, o que não percebíamos é que estas seriam as mais eficazes ferramentas a serviço da uniformização dos hábitos e gostos das pessoas. Não posso deixar de ressaltar um fragmento da música admirável chip novo da cantora Pitty onde diz “lá vem eles novamente eu sei que vão fazer... reinstalar o sistema!”. Houve um tempo em que chamar uma pessoa de senhor ou senhora era muito bem visto pelo fato de transmitir respeito. Em nossos dias, tal tratamento é passível de ser entendido como mau trato chegando até mesmo a gerar desentendimento. Vivemos em um tempo em que os comportamentos são ditados pelos meios de comunicação – mídia, onde quem não segue tais padrões são discriminados. A mídia voltada para o público jovem está presente nos anúncios de roupas, calçados, bebidas, carros, bancos, etc. Isso porque, direta ou indiretamente tais anúncios acertam em cheio uma massa/amálgama que busca encontrar na ideia de ser jovem a realização de um estereótipo.